quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ato de Combate à Intolerância

No dia 23/03, segunda feira, às 18h na ciclovia próximo ao Bacacheri, um estudante de Ciências Sociais da UFPR foi agredido por um grupo de 10 homens motivados pela homofobia. As agressões o levaram ao hospital e exigem uma cirurgia de reconstrução facial.
Casos como esse se repetem com freqüência.
Qual a nossa posição? Podemos continuar fazendo de conta que isso não está ocorrendo? Podemos continuar a nos omitir?

4 comentários:

Ulisson disse...

Na boa, bela merda esse ato contra a intolerância. Eu vi muita hipocrisia no meio daquele povinho todo vestido de preto no dia 15/04. Por coincidência, o movimento passou pelo caminho que eu faço para sair da Reitoria e ir pro meu trabalho. Eis que eles estão na rua Tibagi (acho), atrás do Teatro Guaíra, quando uma marginalzinha sai do meio da galera com um cilindro de tinta grafite e PICHA o muro de um prédio. Não vi o que ela escreveu e sinceramente não me interessa. Acho que o movimento perdeu totalmente a razão quando permitiu que gente escrota assim entrasse. O vandalismo só faz com que ninguém ouça o que o movimento diz e, pelo contrário, comece a chamar todo mundo de marginal e desocupado (até porque eles estavam acabando com o trânsito das ruas por onde passavam). Acho que deveria ter sido feito diferente, deveriam ter ido pra XV de Novembro, que é lugar pra isso mesmo, ao invés de deixar os motoristas nervosos, pois eles só queriam passar e continuar as suas vidas. Isso é o que eu chamo de intolerância. É não deixar a cidade seguir o seu curso normal, parar o trânsito e fazer com que pessoas que precisam trabalhar sejam impedidas e atrasadas de chegar onde precisam.

Julius disse...

"Isso é o que eu chamo de intolerância. É não deixar a cidade seguir o seu curso normal, parar o trânsito e fazer com que pessoas que precisam trabalhar sejam impedidas e atrasadas de chegar onde precisam."

[Se pessoas serem espancadas até quase morrer, serem queimadas vivas, degoladas, estupradas e afins é o curso normal dessa cidade...]


Vamos seguir nossas vidas e fazer de conta que nada está acontecendo a nossa volta. É, acho que isso pode dar certo.

Ulisson disse...

é, da pra ver que vc não leu o restante do comentário, porque se tivesse lido não tinha usado uma frase minha fora de contexto. a questão não é fingir que não enxergamos o que está acontecendo à nossa volta. a questão é que um movimento contra a intolerância, pra começo de conversa, não deveria acolher vândalos. em segundo lugar, existem locais onde o movimento teria muito mais exposição do que uma aleatória da cidade... lugares como palácios de governo, etc seriam muito melhores pra isso.

Julius disse...

Li sim e propositalmente usei uma frase isolada. Não se pode dizer pra uma pessoa que ela pode ou não participar de um movimento como esse porque, afinal de contas, ele é aberto e escluir alguém não deixaria de ser tb uma intolerância.
Também acho errado esse tipo de vandalismo... acontece que, não se pode deslegitimar um movimento como esse, que teve todo um planejamento prévio, que envolveu muitas pessoas que perderam noites de sono pra pintar cartazes, faixas e... enfim...